Doenças inflamatórias do intestino aumentam as chances de Câncer Colorretal

A Doença de Crohn atinge principalmente a parte inferior do intestino delgado, o íleo e intestino grosso e o cólon, podendo afetar qualquer parte do trato gastrointestinal, da boca até o ânus. Já a Retocolite Ulcerativa atinge o reto e o cólon (não atinge o restante do trato digestivo) delgado, sendo característica a continuidade do acometimento diferente da Doença de Crohn, que caracteristicamente é descontínua. A causa de ambas é desconhecida mas especialistas acreditam que existe um descontrole do sistema imunológico, que agride as paredes intestinais. A relação entre essas doenças inflamatórias e o câncer do intestino está em um processo inflamatório contínuo. Pessoas com doença inflamatória do intestino têm um risco maior de desenvolver um câncer de intestino do que a população sem estas doenças – e este risco aumenta com o tempo de doença. Os sintomas são semelhantes e incluem aumento nas evacuações, diarreia crônica que não passa, alteração de hábito intestinal, dores abdominais, presença de sangue nas fezes e algumas vezes febre. Caso apresente estes sintomas, é importante procurar um médico para investigar a causa. O diagnóstico da doença inflamatória é feito por exame de colonoscopia com biópsia. Essas doenças por enquanto não têm cura, mas tem tratamento, e o Ministério da Saúde fornece gratuitamente os principais medicamentos. É muito importante seguir as orientações médicas para evitar recidiva dos sintomas. Há estudos que relacionam o estresse com a doença e mostram que há relação entre o estado emocional e o curso das fases mais agudas. Por isso, o acompanhamento de um psicoterapeuta, pode ser recomendado. Devido ao maior risco de desenvolver câncer de intestino, as pessoas com doença inflamatória deverão fazer periodicamente (a cada dois a três anos) uma colonoscopia, e a partir de dez anos do diagnóstico da doença realizar a colonoscopia anualmente. O importante é cuidar de si através de hábitos saudáveis, como alimentação e exercícios físicos, seguir as recomendações e as receitas dos médicos, fazer o rastreamento dos diferentes cânceres, e , quando tiver sintomas diferentes procurar um médico. O importante é prevenir e quando necessário tratar o mais cedo possível! Fonte: ABRAPRECI