Diverticulite: O que é e como diagnosticar e tratar?

Por: Ivan Batista | 23 de Abril de 2021

A diverticulite é uma inflamação comum em pessoas com mais de 40 anos. Esse distúrbio pode sim ser grave e precisa de muita atenção. No entanto, nem todo mundo está familiarizado com essa doença.

É fundamental que esse assunto seja cada vez mais discutido. Assim, é possível compreender os pormenores dessa condição. Claro, essa é uma tarefa que exige uma boa pesquisa.

O intuito do presente artigo é exatamente esse. Então, aqui, você vai ficar por dentro de tudo sobre diverticulite. Veja quais são os sintomas e como eles podem ser tratados.

O que é diverticulite?

Essa condição se instala quando há inflamação dos divertículos. Esses últimos, são saliências gastrointestinais que acumulam uma pequena quantidade de fezes. Com isso, é possível ter um abcesso ou uma perfuração.

O divertículo é o grande protagonista desse problema. Ele se assemelha à ponta de um dedo de luva. Além disso, essa saliência é capaz de ocupar inúmeras áreas do trato gastrointestinal.

A diverticulite aparece com mais frequência entre as fibras musculares da parede do intestino grosso. Esses divertículos podem ser um ótimo lugar para colônias de bactérias. Afinal, eles juntam fezes. 

Portanto, com condições favoráveis, novos inquilinos podem surgir. Ainda, existem dois tipos de divertículos: o hipertônico e o hipotônico.

O primeiro é resultado do aumento do tônus da musculatura lisa do intestino. Também, ele causa um crescimento da pressão no cólon. Já o segundo, é uma decorrência do afrouxamento dessa musculatura.

Sendo assim, quando se tem muitos divertículos no intestino, o diagnóstico é de diverticulose ou de doença diverticular. Inclusive, tudo indica que a maioria das pessoas com mais de 60 anos possua essa condição.

Agora, a diverticulite acontece quando esses divertículos ficam inflamados. Assim, podem surgir abcessos ou perfurações. Desse modo, as chances de ter esses resíduos indo para a cavidade abdominal são bem maiores.

Isso gera uma complicação chamada peritonite. No entanto, esse não é o único problema que pode surgir. A inflamação dos órgãos próximos é uma outra possibilidade.

Além disso, quando alguém tem várias crises dessa condição é necessário mais cuidado. Isso porque pode haver o que se chama obstrução intestinal. Assim, a passagem de fezes sólidas deixa de ser uma realidade.

Quais são as causas dessa condição?

Não existe apenas uma causa que justifique esse distúrbio. São muitos fatores envolvidos e que precisam ser considerados. Confira quais são eles logo abaixo.

●         Envelhecimento (perda de elasticidade da musculatura do intestino);

●         Dieta pobre em fibras;

●         Aumento da pressão na parte interior do cólon;

●         Predisposições genéticas.

Os sintomas da diverticulite

Em grande parte dos casos a doença diverticular  é assintomática. Assim, ela só vai ser identificada em algum exame que busque descobrir outro tipo de alteração no intestino.

Porém, a diverticulite aguda e fortemente sintomática.  Veja quais são eles.

●         Dor no abdômen, principalmente na parte inferior do lado esquerdo;

●         Período de prisão de ventre e diarreia;

●         Maior sensibilidade no lado esquerdo do abdômen;

●         Febre;

●         Enjoo;

●         Vômitos;

●         Calafrios;

●         Anorexia;

A intensidade desses sintomas vai variar de acordo com a gravidade da inflamação. Quando ela é muito leve, muitas pessoas nem sequer percebem direito.

No entanto, é fundamental procurar uma ajuda médica. O coloproctologista é o tipo de profissional mais indicado para avaliar a situação, devido à sua formação clínica e ao mesmo tempo cirúrgica.

Ele irá solicitar um conjunto de exames, de modo a entender melhor o que está acontecendo. Só depois é que se pode pensar em algum tratamento.

Por fim, veja algumas possíveis complicações que podem surgir quando não se cuida desse problema.

●         Perfuração do intestino;

●         Formação de fístulas;

●         Sangramentos.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico leva em conta dois fatores. O primeiro é o histórico do paciente. Já o segundo, é a combinação dos exames clínicos e da tomografia computadorizada.

Além disso, colonoscopia e enema opaco são procedimentos não recomendados nessa etapa inicial. Isso porque o trânsito das fezes pela perfuração do divertículo pode levar a um quadro de infecção ainda maior.

Identificar a diverticulite é fundamental. Desse modo, é possível distingui-la de outras condições como apendicite, câncer de cólon e doença de Crohn.

Tratamento da doença

Tudo vai depender do grau em que o indivíduo se encontra. Então, em quadros leves, o tratamento consiste em dieta leve e líquida. Também pode haver o uso de analgésicos e antibióticos.

Agora, em estados graves, tem-se duas opções principais. Uma delas é a cirurgia para retirar parte do intestino comprometida. Já a outra, é a drenagem dos abscessos por meio de punção transcutânea.

Algumas dúvidas comuns sobre esse distúrbio

Pronto, até aqui, você já sabe bastante sobre essa doença. No entanto, nós queremos que saia dessa leitura sem qualquer dúvida restante.

Desse modo, separamos algumas questões que sempre aparecem quando se fala dessa inflamação. Acompanhe.

1- Essa doença é contagiosa?

Não, a condição aqui discutida não é contagiosa. Sendo assim, não há necessidade de se preocupar com isso.

2- Como se adquire esse distúrbio?

Até hoje, não se sabe ao certo a resposta para essa pergunta. Os médicos não conseguiram entender ainda o motivo dos divertículos ficarem inflamados somente em algumas pessoas e as teorias principais sugerem uma infamação inicial da mucosa.

3- Diverticulite e diverticulose: existe diferença?

Sim. A diverticulose pode ser caracterizada pela presença de uma ou mais bolsas, geralmente no intestino grosso. É aí que acontece a inflamação. Por isso, sintomas como febre e dor abdominal aparecem, quando então podemos chamar de diverticulite

4- Existe cura para essa doença?

Na maioria das vezes, uma crise aguda, uma diverticulite, pode sim ser resolvida completamente, de forma clínica ou cirúrgica. Entretanto, a diverticulose, que é a presença deos divertículos sem complicações, por ser uma alteração anatômica do intestino com o envelhecimento a cura completa implicaria na retirada de todo o cólon, o que raramente é indicado ou necessário, de acordo com a evolução de cada pessoa. Dessa forma se torna muito importante o acompanhamento periódico.

Por fim, isso é  o que você precisa saber  inicialmente sobre diverticulose e  diverticulite. Caso note algum sintoma, procure um médico imediatamente. De toda forma, não deixe de fazer consultas periódicas. Trate sempre sua saúde como prioridade pois ela é o seu maior bem!

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